MERCADO DE LUXO
Segundo o dicionário de Língua Portuguesa Michaelis, a palavra luxo tem origem no latim “luxu” e significa magnificência, ostentação, suntuosidade, pompa, extravagância, o que é supérfluo etc. etc. etc. Em outros dicionários encontramos também “lux”, que significa “luz”.
Na revista Vida Simples encontrei um texto que achei bem interessante, eis aqui um trechinho: “O luxo é tão antigo quanto a própria história da humanidade e em sua origem estava ligado os rituais que as sociedades primitivas faziam para suas divindades. Acreditavam que iriam comover os deuses com coisas que não eram costumeiras, e que através dessas oferendas, danças e comidas especiais conseguiriam a luz para se orientar.
Esses objetos que extrapolavam o cotidiano, veja só, passaram a se chamar objetos de luz, objetos de luxo. “Antes de ser uma marca da civilização material, o luxo foi uma característica do ser humano em busca da transcendência, da sua não-animalidade”, diz o filósofo francês Gilles Lipovetsky, co-autor do livro O Luxo Eterno.”
Podemos observar que o conceito de luxo toma significados diferentes ao longo dos tempos e eu acredito que também depende dos olhos de quem vê. Para mim o luxo possui duas vertentes bem distintas, a material e a imaterial (luxos e luxos) e a material cada vez mais próxima da classe média e da classe média emergente, esta última é um nome que deram aí pra classe média que passou a ganhar mais ($) e já está consumindo luxo. Hoje podemos ver muitas garotas de classe média com uma bolsa Louis Vuitton ou Chanel, ela não é mais exclusiva da classe alta.
O luxo imaterial é aquele que não se compra, mas se sente e pode ser tão ou mais prazeroso que comprar uma sapato Manolo. É você poder acordar tarde, tomar café na cama, brincar com seus filhos, dormir de conchinha com seu amado(a), observar um pôr de sol, andar pelas ruas sem medo, enfim, o luxo está em como você leva sua vida, em como você vê o mundo, você faz suas escolhas.
Mas não sou hipócrita para desconsiderar o prazer, a emoção que o luxo material nos dá. Quem não gosta de levar uma vida confortável? Ter um bom carro, poder viajar, comprar roupas de grife, comer bem e muitas outras coisas que o dinheiro pode comprar? Nada disso precisa estar associado a supérfluo ou extravagância, por que não ao prazer e ao bem estar? Que mal há em alguém ter muito dinheiro (porque trabalhou honestamente) e usar jóias caras, viajar de helicóptero, morar numa cobertura. Eu acho que precisamos apagar da nossa mente a idéia de que rico não presta, é desonesto, bandido, fútil, não podemos generalizar. Se algum dia você ficar muito rico (honestamente), e querer se abastar de artigos de luxo, vou poder dizer que você não presta? que é corrupto? só porque a maioria assim definiu os “ricos”? É pra se pensar.
Falando um pouco agora sobre o mercado de luxo, no Brasil, esse mercado é muito jovem ainda, é um mercado emergente se comparado aos países da Europa, por exemplo, mas já movimenta bilhões por ano e é um setor em total ascendência.
Esse mercado é muito envolvente, ele mexe com emoções, com desejos, não só com o dinheiro em si, e desejo está em qualquer classe social, do topo à base da pirâmide.
O segmento de moda, se não me angano, é o terceiro que está à frente na categoria luxo e aqui no Brasil, São Paulo é onde se concentra o maior número de lojas de grife, principalmente na região do Jardins, aí podemos citar a tradicional Rua Oscar Freire, isso sem falarmos da Daslu (Império Daslu), o Shopping Iguatemi e agora o novo e luxuoso Cidade Jardim, que está aí, pro nosso deleite e que agrega tudo o que o consumidor de luxo gosta e deseja, principalmente “exclusividade”.
Uma tendência que tem agradado bastante é a fusão da tecnologia com o luxo e o poder das grifes. A LG por exemplo, se uniu à Prada e deve lançar esse ano (se é que ainda não lançou) o “segundo” celular premium, cheio de tecnologia e charme. Nesse mesmo segmento, outras empresas também estão aderindo a essa fusão, quem agradece é o consumidor que adora esses mimos tecnológicos.
Eu já recebi algumas críticas sobre como eu tenho coragem de mostrar aqui no blog tanto luxo diante da situação e da realidade do nosso país. Só que a dita “extravagância”, “futilidade” nesse mundo do luxo tem o lado bom que quase todo mundo esquece, que é o mercado de luxo como gerador de emprego também. Imaginem a quantidade de emprego que esse mercado oferece? assim como os ricos também. Imaginemos que cada rico tenha algumas empregadas, motoristas, babás, cozinheiras, arrumadeiras, personal isso, personal aquilo, é pra se pensar…
Outra coisa, em cosmética por exemplo, o luxo não é extravagância, futilidade ou supérfluo, é garantia de “qualidade”, inclusive qualidade de vida, bem estar. A qualidade tem seu preço.
Mesmo que não tenhamos cacife suficiente para consumirmos luxo, não significa que não tenhamos bom gosto ou que não possamos buscar inspiração nesse mercado e trazê-lo pra nossa realidade, só não podemos nos frustrar com nossos limites e impossibilidades, mas podemos sim, ver luxo nas pequenas coisas, naquilo que nos dá prazer de verdade.
Enfim, uma coisa é fato, o luxo foi e sempre será algo que envolve emoção, prazer, auto-estima elevada, bem estar e realização pessoal.
Bjobjo;)
P.s.: Aproveito para agradecer a querida Eneida (ela é um luxo) do Tenga Volantes pelo selo Pink Luxo. Obrigada por mais esse mimo.
Adoro o luxo de ter meu carrinho zero, é popular, mas tá pago e é meu.
Bjks
Celina, o texto está bárbaro, super bem colocado e nada melhor do que poder ter um luxo de dormir até tarde e poder estar em uma praia paradisíaca tomando sol. Bjs.
Janeisa
o luxo é bom para os olhos e eu não acho que ele seje cem por cento fútil, movimenta a economia…acho tb que ele é uma visão pessoal e por isso, para mim, luxo tem a ver com conforto, simplicidade e felicidade nada de carrões e mansões.
celininha, musamada, ó tu no vódega!
http://vodcabarata.blogspot.com/2009/01/pra-ir-animando.html
:*
O luxo pode ser para poucos, mas almejado por muitos, mente quem diz que não gostaria de ter um excelente salário que proporcione luxo, conforto e isso inclui viagens, cursos no exterior, closet cheio, vai dizer que isso não é um luxo do bem? eu quero já kkkkkk
Bjks fofis
celina, concordo com a sua visão sobre o que é luxo. amei o seu texto!!!!!!!!!
tenha um ótima final de semana!
beijos
Querida Celina,eu deixei um selinho para você em meu blog!
Parabéns pela matéria!!!
Bjs.
Muito bom o texto!
Excelente!
Um luxo!
Acho que tentamos, todos, comover os deuses com coisas não costumeiras, com nossa individualidade!
Não critico o luxo conseguido pelo esforço próprio. Seria hipocrisia. Gera empregos sim, e almejando coisas melhores nos esforçamos mais. Acho que assim deve ser. Esforço pra crescer.
Isso é luxo e é saudável!
Adorei o post!
Você é um luxo!
Beijo!
menina,luxo é essa tua matéria…amei…quería até copiar e salvar no meu PC…mas seu blog não permite né?? isso aí é coisa para lê-mos várias vezes e meditar-mos bem….
bjinhos
Cilene
Podem falar o que quiserem sobre o Luxo, mal ou bem. Mas que todos gostariam de desfrutar, mesmo que seja só um pouquinho, pode ter certeza!!!!
bjokasssssssss
Celina, vc é um luxo!
Mil beijos queridíssima!
oi celina! ah, o luxo… como vc sabe, foi tema da minha monografia, no ano passado… difícil descrever, fácil de perceber! bjs, querida!
Oi Celina, adorei seu texto, sabe que eu acho que hoje em dia não se criticam mais os ricos tanto assim, os antigos tinham essa mania, meu pai vivia falando que dinheiro era amaldiçoado, que dinheiro não dava em árvore, acho que por isso o dinheiro andava tão longe dele kkkkk
No fundinho todo mundo adora um luxo, só quem for bobo que não, claro que não sou a favor da extravagância, mas o consumo do luxo consciente é legal sim, eu pelo menos gosto.
Bjinhos