Mulher de 50 | Fiz 50 anos e agora?

Pois é, no último dia 07/11 eu fiz 50 anos, cinquentinha, cinquentona, meio séculos, aff! uma vida! Quem me acompanha nas redes sabe que fiquei viúva há 1 ano, e nos primeiros dias pedia a Deus para dormir e não acordar mais, me esqueci até que tinha um filho que precisava e precisa ainda de mim. Fui egoísta, não pensei nas pessoas que sofreriam se eu partisse também, mas a dor foi tão grande, tão grande que só quem já passou por isso entende, principalmente pra quem teve um casamento sólido, maduro, gostoso, leve e verdadeiro como o meu, era amor pra vida inteira e foi… até que a morte nos separe!

Mas Deus é tão misericordioso que me fez lembrar bem rápido que eu tenho um filho que amo de paixão, que foi muito desejado, planejado, feito com amor, que veio quando nós decidimos que viria, e veio lindo, cheio de vida e bem parecido com o pai, principalmente na generosidade, educação e bondade no coração.

Eu precisava viver, se não por mim, por ele, meu amado filho. E Deus, o chefão lá de cima, é quem decide a hora de partir, a gente não tem esse poder não, e quem tem, os suicidas, Deus não gosta não, eu acho…  (Aff! quantos “não” nesse parágrafo!)

Pois bem, voltando ao assunto principal do post, Deus quis que eu chegasse aos 50 e eu cheguei. Até quando vou ficar nessa casa dos 50 não sei, mas bem podia ser por mais 50, pois renasci e quero começar tudo de novo, do zero. (Deus há de querer!)

Pensei que essa idade fosse pesar, sou vaidosa, odeio rugas, odeio me sentir gorda, flácida, climatério e mais um monte de coisa chata que aparece com a idade, mas gente, sério! tirei de letra. Bom, pra ser sincera não tirei de letra tão bem assim não, resolvi fazer peeling químico, malhar mais pesado, corrigir a alimentação e usar um tantão de creme pra pele madura. Ok, a vaidade continua e deve continuar em qualquer idade, mas o que achei que fosse pesar e não pesou, foi meu eu interior, eu comigo mesma, eu e minhas contas com Deus.

E os 50 vieram pra me mostrar que nada em mim mudou, minha essência é a mesma, só a casca ficou mais feinha, mas isso a gente dá um jeito com maquiagem, mulher é esperta.

Por dentro continuo com 25 anos, e as vezes até com 15, continuo colecionando canetinhas coloridas e escrevendo na minha agenda com várias cores e grifando títulos com arabescos, mania que tenho desde a infância.

A maturidade me trouxe uma coisa muito legal. Eu já era super desencanada com a opinião dos outros, mas ainda me chateava as vezes com algumas críticas, mas hoje me permito ser o que eu quiser, sair com quem eu quiser, na hora que eu quiser e, se, eu quiser, e não tô nem aí pra opinião alheia. Não ligo se alguém achar uó eu usar um vestido cor de rosa ou um shorts de renda ou até se eu resolver sair com um tênis florido e uma mochila nas costas, nada disso me afeta mais, nada que o outro pense sobre mim me afeta como antes. Sou livre. Sou eu. Me amo. Eu posso tudo que eu quiser. Claro, sempre dentro daquilo que não fira a outra pessoa, também não vou sair por aí dando coice em todo mundo, embora vez ou outra coloco umas hashtags malcriadas no Facebook, mas também não sou de ferro e tem umas haters bem chatinhas por aí.

Uma coisa não legal que chegou com os 50 anos foi que minha falta de paciência com algumas coisas piorou, preciso trabalhar mais isso. Minha ansiedade é a mesma, sempre fui ansiosa. Choro com mais facilidade, mas isso eu também já fazia, talvez com menos intensidade, mas sou mesmo uma manteiga derretida, do tipo que chora com comercial de margarina ou quando aquela pessoa visualiza sua mensagem no Whatsapp e não responde (rsrs). Coisa de adolescente eu sei, mais eu sou assim, não falei que ainda habita uma adolescente em mim as vezes?! então, são nesses casos meio assim…

Agora sobre o amor. Ah! o amor… quero muito amar de novo, já tive umas paixonites por aí, mas o amor uma hora chega, já me inscrevi em tudo que é site de relacionamento e aplicativos de namoros. Já encontrei nesses app todo tipo de homem, de scammers a fanfarrões dos anos 70, tem de tudo por lá, mas já encontrei também muito cara legal, do tipo que manda flores, né B.S.C? amigos que vou levar pra vida.

Não tenho pressa de nada, o amor vai chegar quando for a hora. Quero apenas viver uma vida leve, sem neuras, sem fantasmas, sem feridas abertas, aproveitar o hoje, o agora. Amanhã não sei se estarei aqui, por isso vivo o hoje como se fosse o último dia, com toda a intensidade que sempre me foi inerente.

É bom estar apaixonada, pelas pessoas e pela vida. O mundo está meio “fudido”, país em crise, o sapato apertando o pé de meio mundo, a vida não está fácil pra ninguém, só pro Jota Quest (rs). Mas mesmo e ainda assim, eu escolhi viver, viver apaixonada, caindo e levantando, tropeçando e aprendendo, sempre aprendendo, amo aprender, sempre fui assim, aprendo um pouco com tudo e com todos que passam pela minha vida. Se eu morrer hoje, morro feliz, pois tive tudo que quis e vivi tudo que quis viver, desde ser meio riponga à fazer amor no elevador.

Confesso que depois de ficar “presa” num casamento de 23 anos, me assusto com o ritmo que as coisas andam em “relação a relacionamentos”, mas estou me adaptando, porém sem nunca deixar de ser eu mesma, intensa e muuuito intensa, em tudo. Se não for pra ser legal e tirar o sono da gente não serve. Não sei ser morna. A idade da loba só me fez “esquentar” mais. “Pode vir quente que eu estou fervendo” (rs) já dizia Erasmo Carlos. Nossa! Erasmo Carlos, estou velha mesmo.

Velha nada, estou madura, no ponto. E ponto final.

BjoBjo;)

P.s.: Ah! e me permito usar cabelo longo e franjinha mesmo com 50, e ainda com o aval do top cabelereiro e maquiador Ricardo dos Anjos (na foto)

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